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STJ explora mudanças legais: cannabis medicinal e prerrogativa da defensoria em foco

by redacao

Na mais recente edição do Informativo de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), duas decisões marcantes revelam uma mudança significativa nas abordagens legais relacionadas à Cannabis medicinal e aos direitos da Defensoria Pública.

A Terceira Seção do STJ tomou uma posição progressista ao decidir, por maioria, que o plantio e aquisição de sementes da Cannabis sativa para fins medicinais não constituem conduta criminosa, independentemente da regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa decisão representa um passo importante na garantia de segurança jurídica para pacientes que dependem da Cannabis como tratamento terapêutico, removendo barreiras legais que antes podiam dificultar o acesso a esses recursos.

Em paralelo, a Terceira Turma, também no âmbito do STJ, estendeu a prerrogativa de intimação pessoal conferida à Defensoria Pública aos núcleos de prática jurídica das faculdades de direito, sejam elas públicas ou privadas. Essa medida, apesar de ser parte de um processo mantido em segredo de justiça, destaca a importância da comunicação direta entre a Defensoria e instituições acadêmicas na busca por uma assistência jurídica mais abrangente.

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Essas decisões não apenas refletem uma evolução na interpretação legal, mas também têm implicações práticas na vida dos cidadãos. A flexibilização em torno da Cannabis medicinal oferece uma perspectiva mais inclusiva para pacientes que encontram alívio nesse tratamento, enquanto a extensão da prerrogativa da Defensoria amplia a rede de assistência jurídica, alcançando até mesmo os núcleos acadêmicos.

Esses avanços indicam um ambiente jurídico mais receptivo às necessidades da sociedade, abrindo caminho para discussões mais amplas sobre políticas de saúde e justiça. À medida que as leis evoluem, é crucial continuar monitorando e analisando esses desenvolvimentos para entender plenamente seu impacto e explorar novas possibilidades para a justiça e o acesso a tratamentos médicos inovadores.

*Marina Gentil é advogada OAB/SC, pós graduanda em Cannabis Medicinal, diretora jurídica da Green Couple Assessoria e CEO da Clínica Sativa.

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