A Colômbia, principal produtor de cocaína do mundo, está investindo forte na cannabis para se posicionar na vanguarda do cultivo e produção da planta. Por estar localizado próximo ao Equador onde as condições climáticas para a agricultura são favoráveis o ano todo, o país está de olho no mercado mundial em expansão.
Diante disso, o presidente da Colômbia Iván Duque anunciou a aprovação de uma nova legislação que regulará o uso da cannabis em alimentos, bebidas e produtos têxteis e autorizará a exportação da flor seca. O governo regulamentou a resolução 227 de 2022 que permite licenças, cotas e autorizações de acesso seguro e informado ao uso da maconha e da planta, seus derivados e produtos. Todo o processo de licenciamento, que regula as cultivares desde a semente até a exportação, ficará sob fiscalização do Ministério da Justiça. Veja aqui pronunciamento do presidente colombiano sobre a nova resolução.
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A reportagem do jornal El País apurou que no ano passado foram arrecadados mais de 26 milhões de reais com as exportações colombianas de cannabis medicinal, mas que as projeções do governo é que em 2030 podem ficar acima 8,8 bilhões de reais. Conforme o levantamento feito pelo jornal, a cada grama de cultivo pode custar apenas seis centavos de dólar (31 centavos de real), enquanto no Canadá ou nos Estados Unidos pode alcançar até 1,89 dólar (9,8 reais). Além disso, a Colômbia é o segundo maior exportador de flores do mundo —atrás da Holanda— e pode usar essa experiência e talento para a nova indústria.
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