Home » Canabidiol ajuda filha de Silvia Abravanel a enfrentar condição rara: “Está mais falante”, diz apresentadora

Canabidiol ajuda filha de Silvia Abravanel a enfrentar condição rara: “Está mais falante”, diz apresentadora

by Redação

Uso do CBD tem proporcionado mais qualidade de vida para jovem com galactosemia, condição metabólica rara e pouco conhecida no Brasil

No mês das mães, a apresentadora Silvia Abravanel emocionou o público ao compartilhar uma experiência pessoal marcada pela superação e pela força do cuidado materno. Em entrevista recente ao programa Sensacional, a filha de Silvio Santos contou que sua primogênita, Luana, diagnosticada com galactosemia ainda bebê, passou a apresentar importantes melhoras desde que começou a utilizar o canabidiol (CBD), substância derivada da cannabis medicinal.

A condição da jovem, hoje com 27 anos, é considerada rara e afeta o metabolismo, impedindo que o organismo processe adequadamente a galactose — um tipo de açúcar presente no leite, seus derivados e até em alguns vegetais e frutas. Esse bloqueio provoca o acúmulo da substância no sangue e pode comprometer órgãos como fígado, rins e cérebro. A doença pode ser identificada por meio do teste do pezinho ampliado, exame que ainda não está amplamente disponível na rede pública de saúde no Brasil.

Silvia lembrou com emoção do momento em que recebeu o diagnóstico. Mãe de primeira viagem, ouviu de um médico renomado que não havia mais nada a ser feito por sua filha. “Era mãe de primeira viagem e um médico conceituado, de um hospital conceituado, chegar e falar isso para mim: ‘O meu tempo com a sua filha acabou, a gente não quer mais cuidar dela’. Abriu um buraco embaixo dos meus pés”, contou a apresentadora. O relato revela não apenas a dor enfrentada por muitas famílias em situações semelhantes, mas também a falta de acolhimento e preparo por parte do sistema médico tradicional frente a doenças raras.

Ao longo dos anos, Silvia buscou alternativas que proporcionassem mais conforto e autonomia para Luana. Foi nesse percurso que conheceu o canabidiol, hoje parte do tratamento da filha há cerca de três anos. Desde então, ela relata avanços significativos na comunicação e no comportamento da jovem. “Ela toma canabidiol há três anos. Está muito bem, está mais falante”, disse. “Ela está mais comunicativa, mais presente no dia a dia. É uma mudança que enche meu coração de esperança”, completou.

Embora o CBD não represente uma cura para a galactosemia, seu uso tem sido associado a melhorias em aspectos como cognição, humor e interação social. Estudos sobre o sistema endocanabinoide mostram que substâncias derivadas da cannabis possuem potencial terapêutico para uma série de condições neurológicas e metabólicas. No caso de doenças raras, onde tratamentos convencionais muitas vezes são escassos ou ineficazes, a cannabis medicinal surge como uma alternativa viável e promissora — ainda que enfrente barreiras regulatórias e preconceitos no Brasil.

A rotina de cuidados com a galactosemia vai além do tratamento com CBD. A alimentação precisa ser altamente controlada, já que a galactose pode aparecer de forma “escondida” em diversos alimentos industrializados e naturais. Por isso, o acompanhamento nutricional é indispensável para evitar complicações graves.

Ao compartilhar sua história, Silvia Abravanel chama atenção para a urgência de ampliar o acesso à informação, ao diagnóstico precoce e a terapias integrativas e personalizadas. Sua experiência reforça o papel transformador da cannabis medicinal e a necessidade de uma abordagem mais humana e inclusiva na saúde pública brasileira. Para famílias que convivem com doenças raras, alternativas como o canabidiol podem representar não apenas alívio, mas também a chance de uma vida com mais dignidade e presença.

You may also like