Assim como em Tóquio no ano passado, no principal evento esportivo de inverno do mundo, os Jogos Olímpicos de Inverno que estão acontecendo em Pequim, os atletas participantes também poderão se beneficiar das propriedades da cannabis medicinal. Ou seja, medicamentos contendo canabidiol poderão ser receitados para o controle da dor, auxiliar na recuperação e aliviar o estresse antes e durante a competição. Já o tetra-hidrocanabiol (THC) segue como substância proibida.
A cannabis, seja em forma de óleo, cápsulas ou inalação, foi banida pela Agência Mundial Antidopagem (Wada) desde que a organização criou sua lista de substâncias proibidas, em 2004. Mas em 2018, a agência retirou o canabidiol (CBD) da lista de banidos, o que fez com que a Olimpíada de Tóquio fosse a primeira edição dos jogos olímpicos a tolerar a substância sem considerar doping.
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Em 2021 a Wada atualizou a lista de substâncias de abuso que compõem o código mundial e decidiu diminuir a punição pelo uso recreativo delas. A partir de agora é aplicado uma advertência acompanhada de um gancho de três meses. Se provado que o uso não aconteceu no dia de um evento esportivo, a pena pode ser negociada a um mês.
Nas Olimpíadas de Tóquio a atleta Sha’Carri Richardson, promessa dos EUA na corrida, foi suspensa. Ela testou positivo para THC e teve a pena reduzida de três para um mês devido o consumo ter ocorrido fora da competição e não estava relacionado ao desempenho esportivo. Além disso, ela teve de participar de um programa de aconselhamento sobre o consumo de cannabis.