O curso de capacitação em especialização, cultivo e remoção de óleo medicinal de Cannabis, apoiado pela Prefeitura de Búzios através da Coordenadoria de Saúde Mental e Secretaria Municipal de Educação, encerrou suas atividades nesta quarta-feira (16) com sucesso. Promovida pela Associação Abracadabra, a iniciativa atraiu 50 participantes locais, representando uma diversidade de profissões, desde agricultores e biólogos até psicólogos e advogados.
O renomado professor Gilberto Donezzeti, da UFRJ, liderou o curso com o tema “Pelo Direito de Plantar o Próprio Remédio”. Além do respaldo da Prefeitura, a colaboração da OAB Búzios destaca o compromisso da comunidade local em fornecer acesso à informação sobre os benefícios terapêuticos da cannabis medicinal.
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Ao longo de três semanas, de 24 de outubro a 14 de novembro, os participantes foram instruídos não apenas no cultivo da planta, mas também na remoção do óleo, sua prescrição e outros aspectos relacionados. A Escola Municipal Nicomedes Theotonio Vieira, em Manguinhos, sediou o evento, reforçando o papel engajado da comunidade escolar na promoção da informação e educação sobre a cannabis medicinal.
O curso não apenas capacitou os participantes nas nuances do cultivo e uso da cannabis para fins medicinais, mas também serviu como um estudo para a conscientização e engajamento da comunidade em torno deste tema relevante para a saúde pública.
Cidade é pioneira no país
Desde de novembro de 2021 está aprovada em Búzios a lei que garante o uso e a distribuição de Cannabis Medicinal (CBD) no município, uma ação pioneira. O município atende 360 crianças autista e, também, 82 crianças com epilepsia refratária que não respondiam aos tratamentos convencionais.
A cidade conta com atendimento ambulatorial com uma equipe especializada formada por psiquiatras para crianças e adultos, um neuropediatra, fonoaudiólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, psicopedagogos, oficineiro e educador físico.
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Desde que o programa foi implantado, as crianças e adolescentes atendidas, que antes faziam uso de psicotrópicos, hoje apresentam uma forte evolução do quadro clínico e significativos avanços na qualidade de vida.
O direcionamento ao programa ocorre de diversas formas. A maior parte dos usuários (55,6%) foi encaminhada pela equipe de saúde da unidade básica e o restante pela Secretaria Municipal de Educação. Uma ação conjunta possível pelo município ter hoje uma política pública de saúde mental com o uso do CBD.
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