Pesquisadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) buscam 65 voluntários com diagnóstico de Alzheimer para teste de um medicamento a base de cannabis. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O objetivo do ensaio clínico, segundo os pesquisadores, é avaliar a eficácia de baixas doses de cannabis na Doença de Alzheimer. Para isso serão selecionados pacientes com estágio leve/moderado da doença que farão uso ou de cannabis ou de um placebo.
O ensaio clínico terá duração de seis meses e os pacientes serão avaliados mensalmente no campus da Unila, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O responsável técnico do estudo médico Elton Gomes da Silva, que é neurologista e professor da Unila. Além disso a equipe também conta com outros profissionais da saúde e pesquisadores, que avaliarão esses pacientes para assegurar a eficácia do tratamento e monitoramento de segurança.
A participação do estudo não implicará em nenhum custo, porém não terá qualquer tipo de remuneração, segundo a Unila. O estudo será realizado em Foz do Iguaçu, e é de responsabilidade do cuidador/responsável a locomoção do paciente até a cidade.
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Para participar é preciso:
-Ter o diagnóstico de Doença de Alzheimer, estando no estágio leve e moderado da doença
-Ter possibilidade de estar presente em Foz do Iguaçu durante o período de avaliações.
Tratamento pioneiro
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de um milhão e 200 mil pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O Alzheimer atinge principalmente pessoas acima de 65 anos de idade.
O estudo faz parte de um projeto de doutorado da aluna Taynara da Silva, sob orientação do professor Rui Prediger, ambos da UFSC e coorientação do professor Francisney Nascimento (UNILA). Para saber mais informações, os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp (45) 99156-6582.
Fonte: G1
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