O diretor-executivo do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca) no Uruguai, Juan Ignacio Tastás , anunciou que está previsto o lançamento de uma terceira variedade de cannabis para venda em farmácias. Esta variedade, denominada “gama”, terá um teor de THC ou elemento psicoativo inferior ou igual a 15%, pelo que estaria muito mais próximo do que muitos clientes estavam a pedir. É muito mais parecido com os níveis de THC (presente na droga) dos clubes, disse Tastás.
Até agora, as farmácias oferecem duas variedades de cannabis, as mesmas que foram incluídas desde o início de sua comercialização. Conforme indicado pela Ircca, as variedades “alfa” e “beta” têm um nível de TCH menor ou igual a 9% e CBD (canabidiol) maior ou igual a 3%. O instituto acrescentou em números divulgados que a variante “gama” terá um CBD menor ou igual a 1%.
A Tastás também anunciou que a Ircca está trabalhando no desenvolvimento de uma quarta variedade que pode ser lançada em dezembro do ano que vem. O instituto informou que no Uruguai existem 50.190 compradores de cannabis e 30 farmácias que a vendem. Mais seis serão adicionados nos próximos dias e a expectativa é chegar a um total de 40 até 2023. São 274 clubes canábicos, com cerca de 8.480 filiados e 14.491 produtores caseiros cadastrados.
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Atualmente, há uma maior produção de cannabis, razão pela qual a IRCCA pretende continuar aumentando o número de farmácias participantes. O Secretário-Geral do Conselho Nacional de Drogas , Daniel Radio, insiste que, embora existam mais pontos de venda, não são suficientes. E por isso, o compromisso do IRCCA é ampliar a oferta de locais para vender cannabis.
A IRCCA descobriu que perdeu consumidores que optaram por clubes ou pelo mercado ilegal porque lá conseguiram cannabis mais fortes. Nessa linha, há algum tempo a Rádio afirmou que o maior problema com as vendas nas farmácias era, justamente, que não havia variedade. Quando assumiu o cargo de diretor em 2020, ele propôs que variantes com mais THC pudessem ser vendidas porque a maconha com um teor de THC em torno de 17% é oferecida em clubes. De qualquer forma, vender uma variante com 10% parecia insuficiente para ele.
Por outro lado, o chefe do Conselho Nacional de Drogas insiste que há pontos da lei que devem ser modificados. Em sua opinião, não deveria haver cadastro de usuários. Também não concorda que só os uruguaios possam comprar maconha porque, em sua opinião, a lei deveria valer para todos da mesma forma.
Fonte: Forbes