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Estudo aponta eficácia da cannabis em crianças com TEA

Óleo utilizado na pesquisa é da associação Abrace Esperança da Paraíba

by contato

Um estudo publicado recentemente no jornal alemão da International Association for Cannabinoid Medicines (IACM) concluiu que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentaram melhorias em diversos pontos após o tratamento com cannabis. A autoria é do médico, mestre em psiquiatria, doutor em Neurociência Cognitiva e Comportamento, professor, pesquisador e coordenador do curso de medicina da pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Estácio Amaro. “Houve melhora estatisticamente significativa na interação social, na agitação psicomotora, na ansiedade, no número de refeições (em todos os níveis I, II e III – leve, moderado e grave) e na concentração (apenas no nível I – leve)”, detalhou Estácio Amaro.

O extrato de Cannabis rico em CBD da associação de pacientes da Abrace Esperança foi usado para melhorar a interação social, um dos critérios diagnósticos para TEA, bem como características frequentemente coexistentes. A pesquisa está ganhando o cenário internacional, a partir da publicação no jornal alemão. Outros estudos têm demonstrado que as substâncias derivadas da cannabis melhoram a qualidade de vida dessas crianças sem causar efeitos colaterais graves. É, portanto, uma alternativa para garantir a possibilidade da melhoria do dia a dia dessas pessoas com autismo.

Entenda melhor o estudo
A pesquisa “Avaliação do uso do canabidiol como adjuvante terapêutico em crianças com o Transtorno do Espectro Autista” faz parte do doutorado do psiquiatra Estácio Amaro e da neuropsicóloga Wandersonia Medeiros, sob a supervisão dos professores Nelson Torro, Marine Rosa e Katy Lísias. O objetivo da análise foi verificar evoluções no quadro das crianças a partir do uso contínuo e controlado do óleo de cannabis.

Foram selecionadas aproximadamente 70 crianças com idade entre 2 anos e meio e 12 anos incompletos, sendo que metade delas recebeu o canabidiol (CBD) e a outra metade, um produto placebo. O tempo da pesquisa foi de 6 meses. Todas as crianças passaram por avaliação neuropsicológica e psiquiátrica e contaram com acompanhamento dos pesquisadores durante todo o processo. Foram avaliados os sintomas associados ao TEA (interação social, estereotipias), aspectos comportamentais, sono e cognição (inteligência, funções executivas, atenção, reconhecimento de expressões faciais e teoria da mente).

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