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CNN questina pré-candidatos à Presidência sobre cannabis

by contato

O famoso canal de notícias, a CNN entrou em contato com todos os pré-candidatos à Presidência para abordar um assunto que ainda gera muita polêmica no Brasil: a liberação da maconha. O presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) não responderam até o fechamento da reportagem. O ex-presidente Lula (PT) através da sua assessoria respondeu que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.

Já André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Avila (Novo) e Luciano Bivar (União Brasil) se mostraram contrários à legalização, mas a favor do uso medicinal de cannabis. Janones afirmou ser contra a liberação da maconha para usos recreativos com ressalva apenas nos tratamentos medicinais, com recomendação profissional. “O consumo de drogas é outra pandemia no Brasil e não podemos liberar o uso da maconha”, concluiu. Simone se diz contra a liberação e a favor do uso medicinal de substâncias que a ciência comprovar que sejam eficientes no tratamento da saúde.

Felipe d’Avila explicou que é a favor da descriminalização do consumo, mas hesitou em defender a liberação completa. “As consequências indesejadas estão fazendo vários estados norte-americanos que legalizaram a maconha repensarem essa política. Defendo que estas questões possam ser tratadas em cada estado, dentro de um verdadeiro federalismo, sem a necessidade de uma proibição ou liberação em nível federal.” 

Para Bivar o uso terapêutico do canabidiol já é uma realidade em muitos países e no Brasil a Anvisa tem liberado produtos à base da substância desde 2017, o que representa um grande avanço diante dos benefícios comprovados. “Quanto ao uso recreativo, grande parte da comunidade médica/científica alerta sobre os riscos da dependência e das sequelas nas funções cognitivas. Embora eu seja um defensor das liberdades individuais, neste ponto precisamos seguir as recomendações dos especialistas.”

Realidade brasileira de políticas de drogas
O uso recreativo é ilícito no Brasil. Os usuários e traficantes respondem criminalmente pela relação com maconha. Usuários não podem, porém, ser condenados à prisão. Eles devem cumprir penas alternativas – advertências, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. Os traficantes estão sujeitos à pena de reclusão, de 5 a 15 anos, pela venda, exportação ou cultivo da substância.

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