Um estudo publicado recentemente sugere que o tratamento precoce com cannabis pode melhorar a qualidade de vida de mulheres com diagnóstico de fibromialgia. O tratamento demonstrou melhorar os sintomas físicos e psicológicos relacionados à doença, incluindo os níveis de dor e a qualidade do sono.
“À medida que o uso mundial de cannabis aumenta, os investigadores questionam seu papel no tratamento da fibromialgia como uma das síndromes de dor mais comuns atualmente”, explicaram os pesquisadores.
“Ao longo da história, diferentes culturas usaram cannabis para tratar a dor. A medicina moderna descobriu o papel do sistema endocanabinoide na fisiopatologia da dor neuropática. Estudos anteriores mostraram que a cannabis é eficaz na promoção do sono, no aprofundamento e no alongamento do ciclo do sono. Outras vantagens do tratamento com cannabis incluem um bom alívio da dor sem efeitos colaterais significativos”.
O estudo de coorte prospectivo utilizou o questionário Bref de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WhoQoL-bref), uma ferramenta simples que avalia a qualidade de vida relatada pelo paciente, para entender melhor o impacto do tratamento com cannabis em 30 mulheres de 18 a 70 anos com fibromialgia resistente ao tratamento, definida como tendo esgotado o tratamento farmacológico da fibromialgia.
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O WhoQoL-bref enfocou 4 domínios: psicológico, saúde física, relações sociais e meio ambiente. O questionário foi preenchido antes do início da cannabis e no acompanhamento de 1 mês. Os pacientes podiam escolher sua via de administração, como fumar, vaporizar ou ingerir.
Saiba mais
A fibromialgia é uma condição crônica complexa que pode causar uma série de sintomas debilitantes, incluindo alta sensibilidade à dor, rigidez muscular, confusão mental, problemas para dormir e mau humor.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver fibromialgia – atualmente afeta quase uma em cada 20 pessoas – é mais comum em mulheres do que em homens. Não há cura para a doença e é notoriamente difícil de tratar, com os médicos muitas vezes contando com medicamentos prescritos, como opioides e antidepressivos, para mascarar os sintomas, em vez de chegar à causa raiz.
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