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Canabidiol é eficaz contra ansiedade em jovens

Australianos  apresentaram redução de ansiedade após três meses de tratamento

by contato

canabidiol (CBD), componente não psicoativo da cannabis, mostra-se eficaz na redução da gravidade dos sintomas e efeitos causados pela ansiedade crônica. Essa é a conclusão de um estudo do centro de pesquisa Orygen, instituição australiana especializada em saúde mental juvenil.

Publicado no Journal of Clinical Psychiatry, o trabalho constatou que jovens com ansiedade resistente a tratamentos tiveram uma redução média de 42,6% nos sintomas do transtorno após 12 semanas de tratamento com CBD. A pesquisa envolveu 31 participantes com idades entre 12 e 25 anos com algum transtorno de ansiedade diagnosticado e que não apresentavam melhora significativa após pelo menos cinco sessões de terapia cognitivo-comportamental.

“Os jovens tiveram menos ataques de pânico e puderam fazer coisas que antes não podiam fazer, como sair de casa, ir à escola, participar de situações sociais, comer em restaurantes, usar transporte público ou comparecer a consultas sozinhos”, relata Paul Amminger, professor da Orygen, em comunicado.

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Entenda  melhor
Na Austrália, o canabidiol foi aprovado como tratamento para crianças com formas raras de epilepsia e para ensaios clínicos com crianças portadoras da síndrome de Tourette, autistas, entre outros. “O canabidiol não é intoxicante e não contém tetra-hidrocanabinol (THC), portanto não causa alterações no pensamento e na percepção, não o deixa ‘chapado’ e não é viciante”, afirma Amminger.

A dose inicial dos participantes do estudo piloto foi uma cápsula de 200 mg de canabidiol por dia; após uma semana, a dose aumentou para 400 mg diários. Aqueles que não apresentaram melhora significativa nos sintomas de ansiedade tiveram sua dosagem aumentada em incrementos de 200mg até chegar a 800 mg por dia. Todos os participantes receberam terapia quinzenal por 12 semanas.

Apesar dos resultados promissores, os autores do estudo consideram a possibilidade de ser um efeito placebo. O próximo passo é realizar os testes em um grupo muito maior, de 200 a 250 jovens, para então poder concluir se há benefícios reais do tratamento.

Fonte: Galileu

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