A diferença fundamental entre o uso medicinal e o recreativo da cannabis reside nos propósitos e nas intenções por trás de seu consumo. A planta é a mesma, o produto pode ser ingerido de forma oral, sublingual, fumada, vaporizada…
A real diferença entre o uso medicinal e o recreativo da cannabis está na finalidade do consumo.
O uso medicinal envolve o consumo de produtos derivados da planta para tratar sintomas e condições clínicas específicas. Os compostos químicos encontrados na cannabis, conhecidos como canabinoides, possuem propriedades terapêuticas. O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são dois dos canabinoides mais estudados.
No uso medicinal, a cannabis pode ser prescrita por profissionais de saúde habilitados para tratar condições como dores crônicas, espasmos musculares, náuseas decorrentes da quimioterapia, perda de apetite em pacientes com HIV/AIDS, epilepsia refratária, ansiedade, depressão, entre outros. Os produtos medicinais de cannabis geralmente são fabricados de maneira controlada, garantindo a precisão dos compostos ativos e a dosagem adequada para cada paciente, seja em qualquer apresentação farmacêutica (flores, óleo, pomadas, sprays…).
No que conhecemos por uso recreativo da cannabis o consumo da planta tem como objetivo a busca por efeitos psicoativos, relaxamento, entretenimento ou prazer pessoal. Nesse caso, a cannabis é utilizada sem uma indicação clínica específica. As pessoas que a utilizam recreativamente geralmente buscam a experiência de ficar “chapadas”, devido aos efeitos psicoativos do THC, o principal composto responsável por essas sensações.
Para facilitar ainda mais a compreensão, na prática é simples, existem pessoas que usam a cannabis vaporizada para fins medicinais sim, afinal é uma via de administração segura, que promove uma maior absorção e os efeitos são alcançados mais rapidamente. Assim como também existem pessoas que utilizam a cannabis de forma comestível com finalidade recreativa.
Vale salientar que o recreativo da cannabis varia de acordo com a legislação em cada país ou estado. Em alguns lugares, é legalizado ou despenalizado, permitindo o consumo para maiores de idade. Em outros, é ilegal e pode estar sujeito a punições legais.
*Karol Dias é Farmacêutica pela Universidade Federal de Campina Grande, Pós graduada em farmácia clínica com ênfase em prescrição farmacêutica, Pós graduanda em Cannabis Medicinal. Realiza acompanhamento farmacêutico no uso da Cannabis e atualmente é farmacêutica na Abrace Esperança.
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