O governo dos Países Baixos ampliou nesta semana a iniciativa de consumo legal de cannabis para mais oito cidades, com o objetivo de reduzir a criminalidade e os problemas sociais associados à droga.
Apesar dos famosas “coffeeshops” locais, onde turistas e residentes podem consumir cannabis, o cultivo e fornecimento da droga sempre foram ilegais no país. Até agora, a cadeia de abastecimento das cerca de 570 “coffeeshops” funcionava de maneira clandestina.
Essa iniciativa governamental visa regularizar a produção e distribuição de cannabis, proporcionando uma cadeia de fornecimento legal e segura. A experiência teve início no ano passado nas cidades de Breda e Tilburg, no sul do país, e agora se estende a Maastricht, na fronteira com a Bélgica, Groningen, no norte, e outras seis cidades.
Com a expansão, essas cidades oferecerão cannabis estritamente regulamentada, assegurando tanto a qualidade quanto a origem da droga para consumidores e vendedores. A medida busca combater pequenos crimes relacionados ao comércio ilegal de maconha.
Essa ação faz parte de uma tendência global de descriminalização e regulação do uso de cannabis, com projetos similares sendo implementados na Alemanha, Suíça e Estados Unidos.
Entenda melhor
A produção e venda de drogas leves, conforme classificadas pela Lei do Ópio, é crime nos Países Baixos. Na década de 1970, porém, a classe política pensou que permitir o consumo de maconha em cafeterias impediria o uso nas ruas. Naquela época, a cannabis chegava ilegalmente principalmente do Paquistão, Afeganistão e Líbano.
Os cafés podem armazenar até 500 gramas de drogas nas suas instalações, tanto o Ministério Público como a polícia holandesa sabem que esta quantidade é insuficiente para servir os clientes. Os proprietários acabam comprando mais, mas não conseguem armazenar no próprio estabelecimento.
Fonte: AFP
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