Todos os anos, no Brasil, cerca de 100 mil pessoas são diagnosticadas com a doença de Alzheimer, segundo o Ministério da Saúde. De progressão silenciosa, a patologia já foi pejorativamente chamada de “mal de Alzheimer” pois provoca contínua e acelerada degeneração das funções cerebrais, ocasionando em demência e redução das funções cognitivas. Não há uma causa conhecida para a doença, mas parece haver uma predisposição genética para seu aparecimento.
Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer, há cerca de 1,2 milhão de pessoas com a enfermidade no Brasil. No mundo, o número é de aproximadamente 35,6 milhões de pessoas. A maior parte ainda sem diagnóstico, já que os sintomas se confundem com outras patologias, e é vista até mesmo como uma “confusão mental” natural da idade – já que tende a aparecer em idosos. Por todas essas razões, com o objetivo de trazer à luz informações valiosas sobre a doença e conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, o dia 21 de setembro foi instituído como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
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A cannabis é uma grande aliada
Ainda não há cura para a doença de Alzheimer, porém existem tratamentos eficazes que atuam na etiologia da doença, retardam os sintomas e trazem qualidade de vida para o paciente. Um dos tratamentos disponíveis no Brasil é feito com a cannabis medicinal. As duas principais substâncias extraídas da planta: tanto o CBD como o THC, podem ser usadas em associação entre elas, ou a outros medicamentos alopáticos, e até mesmo sozinhas de modo isolado – a depender do caso.
“Os fitocanabinoides têm efeitos terapêuticos comprovados, trazendo benefícios tanto auxiliando no retardo da doença, como na diminuição dos sintomas, ajudando a melhorar a memória, o bom humor e diminuindo a insônia e a agitação, por exemplo. Os fármacos à base de cannabis são conhecidos pelo alto potencial neuroprotetor, anti-inflamatório e antioxidante – características que auxiliam na prevenção e na reversão de lesões provenientes de doenças neurodegenerativas como é o caso do Alzheimer”, comenta Mariana Maciel, médica especialista em Medicina Canabinoide.
“Importante lembrar que os canabinoides possuem enorme segurança farmacológica e apresentam toxicidade praticamente nula”, conclui a especialista. A utilização desses fármacos só pode ser feita sob prescrição médica. Dosagem e demais orientações devem ser determinadas pelo médico prescritor, que deve manter um acompanhamento contínuo.
Pesquisas avançam no país
Um pesquisa da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) mostrou que o óleo da cannabis, usado na medida certa, foi capaz de reduzir os impactos gerados pelo Alzheimer até reverter boa parte dos danos relacionados à memória do idoso Delci Ruver, morador de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. “A progressão da doença não aconteceu mais a partir do uso desse medicamento e ele também teve reversão dos sintomas que apresentava, como por exemplo, ele readquiriu a autonomia dele, onsegue fazer as suas atividades do dia a dia. Consegue sair de casa sozinho sem ter alguém monitorando e isso deu um incremento muito grande na qualidade de vida do paciente”, afirmou a pesquisadora Ana Carolina Martins.Esse resultado permitiu mais um avanço importante. Agora 28 novos pacientes estão participando da pesquisa. Um grupo recebeu o extrato de cannabis e outro placebo, que é uma substância sem efeito no organismo.
Fonte: Portal Hospitais Brasil e G1
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