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Raphael Mechoulam participa de evento sobre cannabis da UERJ

Evento online realizado na Academia Nacional de Medicina foi direcionado aos acadêmicos de medicina

by contato

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) promoveu o evento online A Uerj inovando o saber milenar – Projeto Medicina Canabinóide. A conferência reuniu especialistas do Brasil e do mundo para falar sobre o tema, entre eles o professor Raphael Mechoulam. O cientista pioneiro em isolar o THC e o CBD, responsável por difundir uma nova perspectiva sobre a cannabis como uma planta curativa, abriu o evento diretamente de Israel falando sobre os desafios e avanços nas pesquisas.

O evento realizado na Academia Nacionalde Medicina direcionado aos acadêmicos de medicina contou ainda com a participação do Dr. Flávio Rezende, Dra. Isabella D’Andrea, Dr. Romeu Domingues, Prof. José Augusto Messias, Dr. Alexandre Kaup, Dr. Antonio Egidio Nardi e Dr. Eduardo Faveret. O deputado Luciano Ducci médico e relator do projeto de lei 399/15 elogiou a iniciativa da UERJ.  “É muito importante que os meios acadêmicos abram espaço para a discussão de um assunto tão importante para a medicina. Os canabinoides já são alternativas terapêuticas importantes para diversas enfermidades e condições e não podemos negar os avanços das pesquisas por preconceito ou moralismo”, comenta Ducci.

No Brasil, as discussões sobre a regulamentação do cultivo da cannabis foram retomadas em 2019, com a criaçãode uma comissão especial na Câmara dos Deputados. De lá para cá, o projeto foi discutido, foram feitas audiências públicas e visitas técnicas. Em junho do ano passado, o projeto foi aprovado pela comissão. Agora, aguarda o resultado de um recurso para saber se segue para votação no Senado ou se será submetido ao plenário da Câmara.

“Com certeza é urgente regulamentarmos a produção nacional. Israel, Estados Unidos, China, França, o mundo todo já trata deste assunto de forma científica e não ideológica. De 2015 até o ano passado, houve um aumento de mais de 2400% nos pedidos para importação destes produtos junto à ANVISA. Mas o processo ainda é burocrático e caro e não se pode restringir o acesso a remédios apenas para os brasileiros quem têm condições financeiras, e é esse o principal ponto do projeto, acesso”, conclui o deputado.

Assista a conferência completa:

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