O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que apoia a proibição da importação de cannabis in natura, bem como de flores e partes da planta. A medida foi publicada em Nota Técnica (NT) 35/2023 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 19 de julho.
Em nota enviada pela assessoria, respondendo a um questionamento feito pelo Globo Rural, o CFM argumenta que não recebeu nenhuma solicitação específica sobre o tema, mas entende que o consumo dessa droga, mesmo sob alegação medicinal, representa riscos à saúde de forma individual e coletiva.
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“Para o CFM, trata-se de uma droga que causa dependência, com graves danos físicos e mentais, inclusive precipitando quadros psicóticos ou agravando sintomas e a evolução de portadores de comorbidades mentais de qualquer natureza, dificultando seu tratamento”, diz a nota.
A Anvisa alegou que a importação da cannabis in natura ou partes dela gera um alto risco de desvio para fins ilícitos. Ou seja, a planta pode ser usada como droga e não para fins medicinais. Desde a publicação da nota técnica, o órgão parou de conceder novas autorizações. Para as importações que estão em curso haverá um período de transição de 60 dias para sua conclusão e as autorizações já emitidas terão validade até o dia 20 de setembro deste ano.
CONFIRA AQUI A NOTA TÉCNICA DA ANVISA
Fonte: Globo Rural
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