A Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) conquistou na justiça a autorização para cultivar cannabis para fins medicinais em sua sede campestre em Paty do Alferes no interior do Rio de Janeiro. A sentença de mérito do processo da Apepi saiu na noite da última sexta-feira, 25, o que deixou todos da associação aliviados, já que a ONG estava trabalhando sem respaldo ou segurança jurídica desde que a liminar havia sido derrubada por um recurso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
– Queremos agradecer o juiz, o Ministério Público Federal, o nosso advogado Ladislau Porto, os nossos colaboradores e todos associados, ressaltou a fundadora da Apepi a advogada Margarete Santos de Brito após a notícia da decisão.
Confira o vídeo postado no Instagram da associação, onde Margarete e o marido, o designer Marcos Langenbach agradecem o apoio e comemoram a vitória.
Saiba mais sobre a Apepi
A associação foi fundada em 2014 após os pais da pequena Sofia Langenbach descobrirem que a cannabis poderia ser remédio para o controle das convulsões de sua filha. No fim de 2019, a família adquiriu uma propriedade, uma área rural de 600 mil metros quadrados, para cultivar maconha em escala suficiente para fornecer remédio para os 1.400 associados. Em julho de 2020 a entidade conseguiu uma liminar pela 4ª Vara da Justiça Federal que dá o direito de plantar cannabis para fins medicinais no estado do Rio de Janeiro. A Apepi auxilia pessoas que possuem doenças como epilepsia, autismo, Alzheimer, dores crônicas e ansiedade.
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