Mais da metade do valor foi movimentado apenas em 2025, enquanto autoridades ampliam licenças e lançam painel de educação sobre cannabis
Nova York atingiu um marco histórico no mercado legal de cannabis: desde a abertura dos primeiros pontos de venda em 2022, o estado já movimentou mais de US$ 2,09 bilhões em vendas de uso adulto, sendo US$ 1,06 bilhão somente em 2025.
Após um início conturbado, o setor entrou em ritmo de expansão. Nesta semana, o Conselho de Controle da Cannabis (CCB) aprovou 46 novas licenças comerciais, elevando o total para 1.904 empresas — e 57% delas pertencem a empreendedores de programas de equidade social.
“Nosso trabalho vai muito além de emitir licenças. Estamos moldando uma indústria que reflete os valores de Nova York: equidade, transparência e visão de longo prazo”, afirmou Jessica García, presidente do CCB.
Segundo Simone Washington, chefe de equidade do Escritório de Gerenciamento de Cannabis (OCM), garantir que os beneficiários de programas sociais tenham apoio para se manter no mercado é essencial. “A sustentabilidade deles é a medida do nosso sucesso coletivo”, disse.
Para dar mais estabilidade aos negócios, o CCB anunciou a extensão do prazo para renovação de licenças condicionais até 31 de dezembro de 2026. A decisão busca dar fôlego a empresas impactadas por dificuldades como o problema de zoneamento que afeta mais de 100 pontos de venda próximos a escolas e templos religiosos — uma questão que a governadora Kathy Hochul prometeu revisar em lei.
Além da expansão do mercado, as autoridades lançaram o Painel Consultivo de Educação sobre Cannabis (CEAP), voltado a campanhas públicas de informação e prevenção entre jovens. “Educação é o coração do progresso. Queremos empoderar comunidades para que façam escolhas informadas e fortaleçam a confiança nessa indústria em evolução”, afirmou Felicia A.B. Reid, diretora interina do OCM.
Com esse novo marco, Nova York se consolida como um dos estados mais relevantes da costa leste dos EUA na legalização da cannabis, unindo volume econômico bilionário a políticas de reparação social e transparência regulatória.