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Morre João Donato grande músico e defensor da descriminalização da maconha

by redacao

Na madrugada desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, faleceu o renomado pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor João Donato. Aos 86 anos, o multi-instrumentista nos deixou em decorrência de uma série de problemas de saúde. Recentemente, João Donato enfrentou uma infecção nos pulmões e precisou ser internado na Casa de Saúde São José, onde lutava contra uma pneumonia. Desde a semana retrasada, ele estava intubado, travando uma batalha difícil contra a doença.

Com uma carreira de impressionantes, João Donato deixou um legado marcado por sua criatividade e habilidade em mesclar diversos gêneros musicais. Sua genialidade ultrapassou fronteiras e encantou o público ao redor do mundo. Além de suas contribuições musicais, João Donato também foi reconhecido por suas opiniões fortes.

Em uma entrevista à Rádio Bandeirantes, ele afirmou que fuma maconha e defendeu a descriminalização da droga, ressaltando que essa medida poderia gerar benefícios, como taxas para o governo, ao invés de alimentar o ciclo de criminalidade e tráfico.

O artista deixa um legado indelével e será sempre lembrado como um dos grandes nomes da música brasileira. Sua voz e talento deixarão saudades, mas sua música continuará ecoando por gerações.

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Donato fez mais de 500 composições

Donato nasceu no dia 17 de agosto de 1934, em Rio Branco, no Acre, e 11 anos depois se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Talvez por influência do pai, que tocava bandolim, e da mãe, que cantava, a música surgiu cedo na vida dele e aos 5 anos de idade o menino já tocava acordeon.

Já no Rio de Janeiro, depois de participar de festas musicais em colégios da Tijuca, na zona norte da cidade, aos 15 anos começou a frequentar as jam sessions realizadas na casa do cantor Dick Farney e no Sinatra Farney Fã Club.

A primeira gravação em disco foi como músico da banda do flautista Altamiro Carrilho. Foi nessa época também que começaram os contatos com outros artistas importantes como Lúcio Alves e passou a ser conhecido além do Brasil inclusive por Chet Baker.

Nos anos 50, participou do programa de música nordestina Manhãs da Roça, comandado pelo cantor e compositor paraibano Zé do Norte, na Rádio Guanabara. Donato chegou a dizer que a carreira dele no rádio tinha começado com Zé do Norte.

Na mesma década, se mudou para os Estados Unidos e lá conseguiu desenvolver a área musical que mais o interessava, uma fusão do jazz com a música latina.

Autor de composições de sucesso como AmazonasA RãLugar ComumSimples Carinho e Nasci para Bailar, foi arranjador em discos de Gilberto Gil e Gal Costa.

Em 2016, o seu álbum Donato Elétrico foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Instrumental. O trabalho também foi eleito como 11º melhor álbum brasileiro do ano pela revista Rolling Stone Brasil.

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