Pelo 20º ano, a Marcha da Maconha reuniu na tarde do último sábado,7, centenas de ativistas tanto na orla de Ipanema, no Rio de Janeiro, como no Centro de Florianópolis, em Santa Catarina. A multidão que tomou as ruas das duas capitais defendeu a legalização do uso da cannabis no país.
No Rio sob o lema “Maconheiro não vota em miliciano” e comemorando 20 anos de luta, a Marcha voltou às ruas para exigir o fim das operações policiais nas favelas e a legalização da planta. Quem esteve por lá foi a presidente da associação de cannabis medicinal AbraRio Marilene Esperança. “Eu e meus colegas de associação, não podíamos deixar de apoiar essa manifestação tão importante que luta pelo fim da guerra às drogas em favelas e do preconceito dessa planta ancestral que transforma a vida de milhares de pessoas”, comentou. A Associação de Apoio à Pesquisa e a Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) também compareceu em peso com seus colaboradores, pacientes e apoiadores do projeto.
Em Florianópolis quem marcou presença foi a associação de pacientes Santa Cannabis. Eles acompanharam a caminhada que partiu do Parque da Luz, no Centro de Florianópolis, e seguiu em direção a um dos principais pontos turísticos da cidade, a ponte Hercílio Luz. No Estado, o objetivo do encontro é propor novas políticas sobre a legalização da maconha, cobrar do STF o julgamento da descriminalização e também protestar contra as milhares de prisões por consumo da droga.
A marcha está presente no mundo todo
A primeira marcha da maconha aconteceu em 1994 com o nome de Global Marijuana March. Atualemente um total de 65 países participam incluindo África do Sul, Austrália, Canadá, Cabo Verde, Chile, Estados Unidos, Equador, Filipinas, França, Holanda, Itália, Jamaica, Japão, Lituânia, México, Rússia, Turquia, Uruguai e Vietnã. A primeira marcha no Brasil aconteceu em 2002, mas foi cinco anos depois que ganhou o nome que tem hoje e tornou-se mais organizada. Em 2008, o movimento foi rotulado como criminoso pela justiça por fazer “apologia às drogas”.
Esse cenário opressor permaneceu até 2011, quando, durante uma manifestação em São Paulo, a polícia agiu de forma violenta contra os participantes. Isso fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) tivesse que decidir sobre a natureza da Marcha da Maconha. Foi declarado que manifestações do tipo são retratos da liberdade de expressão, e não apologia ao crime. Dali para a frente, a Marcha da Maconha espalhou-se pelo Brasil e, hoje, acontece em mais de 40 cidades.
Confira as datas da Marcha da Maconha pelo Brasil
Brasília (DF) – 08/05
Joinville (SC) – 15/05
Recife (PE) – 21/05
São Paulo ZS- 21/05
São Paulo ZN – 22/05
Campinas (SP) – 28/05 viçosa (mg) – 28/05
Fortaleza (CE) – 29/05
Ubatuba (SP) – 29/05
Volta redonda (RJ) – 29/05
São Paulo (SUDESTE) – 04/06
São Thomé das Letras (MG) – 06/06
Distrito Federal (DF) – 08/06
São Luís (MA) – 11/06
São Paulo – 11/06
Londrina (PR)- 18/06
Olinda (PE) – 18/06
Santo André (sp) – 18/06 chapada dos veadeiros (go) – 20/06
São Bernardo do Campo (SP) -25/06
Manaus (AM) – 25/06
Belo Horizonte (MG) – 20/08
Curitiba (PR) – 18/09
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