Mônica Monteiro de Castro, mãe de Pedro Henrique de Castro Aguiar, um menino de 4 anos que sofre de duas síndromes genéticas raras, busca na Justiça a liberação de um medicamento à base de canabidiol. A condição do garoto provoca até 200 convulsões diárias, e o custo do tratamento é estimado em R$ 6 mil por mês.
“Vou lutar pelo meu filho até o fim, até quando eu tiver forças”, declarou Mônica, expressando sua determinação em encontrar uma solução para a saúde do filho.
Pedro começou a apresentar convulsões aos 3 meses de idade. Mônica lembra de um episódio angustiante em que encontrou o menino roxo e com os olhos esbugalhados durante a madrugada. “Corremos para o hospital e, a princípio, acharam que era um problema estomacal”, disse.
Após dias de incerteza, um gastroenterologista diagnosticou Pedro como epilético, iniciando uma longa jornada de consultas e tratamentos em diferentes cidades, incluindo Goiânia, Uberlândia (MG) e São Paulo (SP). “Disseram que as convulsões eram benignas, mas eram realmente intensas. Ele chegou a precisar de oxigênio”, relatou Mônica.
A mãe, em busca de respostas, se conectou com outras famílias que lidavam com a epilepsia e soube sobre o exame de exoma, um teste genético que mapeia o DNA em busca de anomalias. Mônica conseguiu realizar o exame somente quando Pedro tinha mais de 2 anos. “Foi através do exoma que descobrimos que ele tinha as síndromes FTT3A e SCN8A, sendo a última responsável pelas convulsões”, explicou.
Após o diagnóstico, Pedro começou a receber tratamentos, mas as convulsões continuaram, levando Mônica a buscar alternativas. Foi então que um médico sugeriu o uso de canabidiol, que já mostrava resultados promissores em outros casos no Brasil e no exterior. O tratamento começou em janeiro de 2024, quando Pedro já tinha 4 anos.
“Antes do canabidiol, ele tinha de duas a sete crises por dia. Foi esse medicamento que estabilizou meu filho”, contou Mônica, aliviada com a melhora no quadro de Pedro.
A luta da família continua, agora com a esperança de garantir o acesso ao canabidiol de forma legal e permanente.
*Fonte: G1 Goiás