O canabidiol (CBD) usado para tratar condições como dor crônica, inflamação, enxaqueca, epilepsia, doenças autoimunes, depressão e ansiedade, também pode ser usado, segundo estudo realizado pela universidade americana Rutgers Escola de Ciências Ambientais e Biológicas (School of Environmental and Biological Sciences, SEBS), como um possível tratamento para mulheres na pós-menopausa cujos ovários não produzem mais estrogênio. Ao longo de 18 semanas, os pesquisadores alimentaram camundongos com deficiência de estrogênio a base de uma dieta constante de pequenas bolas de manteiga de amendoim com canabidiol e sem o medicamento.
Os animais que não receberam o CBD desenvolveram sintomas semelhantes aos das mulheres na pós-menopausa, como disfunção metabólica, evidência de inflamação, menor densidade óssea e níveis mais baixos de bactérias intestinais benéficas. No entanto, os camundongos que ingeriram CBD, eliminavam mais facilmente a glicose da corrente sanguínea, queimavam mais energia, tiveram uma melhora significativa na densidade óssea, além de ter uma redução nas inflamações em seus tecidos intestinais.
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As mulheres passam cerca de um terço de sua vida no estágio pós-menopausa, definido como um ano após a menstruação final, que ocorre por volta dos 51 anos, período em que há um declínio acentuado nos níveis de estrogênio, o que resulta em graves problemas para a saúde, como ganho de peso, doenças cardiometabólicas, osteoporose, distúrbios gastrointestinais e declínio cognitivo.
A terapia de reposição hormonal (TRH) existe como uma das poucas opções de tratamento, mas os riscos e benefícios da TRH são variáveis e dependem do tipo de terapia, da idade da mulher, o estado de saúde individual e as doses. Estudos indicam que o uso excessivo de TRH em mulheres com mais de 60 anos, por exemplo, leva a um maior risco de doenças cardíacas, derrames, coágulos sanguíneos e câncer.
“Este estudo pré-clínico é o primeiro a sugerir o potencial terapêutico do CBD para aliviar os sintomas da deficiência de estrogênio”, disse Diana Roopchand, professora assistente do Departamento de Ciência Alimentar da Rutgers Escola de Ciências Ambientais e Biológicas e autora do estudo.
Fonte: Portal IG
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