A Anvisa, através da Nota Técnica 35/2023, proibiu a importação da cannabis in natura, bem como de suas flores e partes da planta, desde quinta-feira, 20. Essa decisão foi tomada com base na regulamentação atual sobre maconha no Brasil, que permite apenas o uso para fins farmacêuticos, excluindo a permissão para uso de partes da planta, mesmo após estabilização, secagem ou processamento em outras formas.
No entanto, é importante ressaltar que essa decisão da Anvisa tem sido alvo de críticas e contestações de diversos setores da sociedade. Médicos, advogados, veterinários, associações e famílias que fazem uso da medicina à base de cannabis estão se posicionando contra a vigilância.
Há quem acredite que por trás dessa decisão está o medo de perder dinheiro. A indústria farmacêutica teme que uma erva natural possa substituir seus medicamentos sintéticos, o que poderia representar uma ameaça ao seu mercado.
Além disso, é absurdo pensar que precisamos importar a cannabis medicinal, sendo que podemos cultivá-la em nosso próprio jardim. É importante esclarecer que a maconha e a cannabis são a mesma planta, cujo potencial terapêutico tem sido amplamente estudado e documentado.
Enquanto consumimos diariamente produtos que contém venenos com nomes científicos para disfarçar, é preciso refletir sobre a quantidade de agrotóxicos que ingerimos de forma legal. Por que não temos o direito de cultivar nossa própria medicina no jardim de casa, optando por tratamentos naturais e menos tóxicos?
Nossa luta é pela vida, pela saúde e pelo direito de escolher opções terapêuticas que podem trazer alívio e bem-estar. Não podemos aceitar que indústrias por interesse próprio se sobreponham à nossa saúde e ao nosso bem-estar.
A ciência tem mostrado os benefícios da cannabis medicinal em diversas condições médicas, e é essencial que tenhamos acesso a essa opção de tratamento de forma segura e regulamentada. É uma questão de autonomia e liberdade de escolha.
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Devemos buscar uma regulamentação mais inclusiva, que permita o cultivo doméstico da cannabis medicinal, garantindo seu uso seguro e responsável para aqueles que nela encontram uma esperança de cura e alívio para suas enfermidades.
A luta pela cura é uma luta por nossos direitos e nossa qualidade de vida. É um grito em defesa da vida, da liberdade de escolha e do acesso a tratamentos naturais que podem nos ajudar a viver melhor, sem prejudicar nossa saúde e o meio ambiente.
Unamos nossas vozes em protesto e esclarecimento, buscando uma sociedade mais consciente, onde a saúde e o bem-estar de todos sejam prioridades. A luta pela cannabis medicinal é uma luta pela vida, e não descansaremos até que nossa voz seja ouvida e nossos direitos sejam respeitados.
* Daniel Jayana (@paidosgatos), responsável pelo Projeto Gatinho Zen (@gatinhozen) é terapeuta holístico integrativo, analista comportamental, terapeuta canábico formado pela Associação Indica do Estado de São Paulo e aluno da UNIFESP no curso de cannabis medicinal.
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