Em uma edição recente do programa Melhor da Tarde, transmitido pela Band, a apresentadora Catia Fonseca surpreendeu o público ao compartilhar sua experiência pessoal com o uso de cannabis medicinal. Durante uma conversa sobre os benefícios do canabidiol (CBD) — composto extraído da planta Cannabis sativa — Catia revelou que utiliza o medicamento como parte do tratamento para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Segundo a comunicadora, o tratamento com CBD para TDAH tem contribuído significativamente para reduzir os sintomas que mais impactam sua rotina: a agitação mental e a dificuldade de concentração. “É difícil focar e isso, às vezes, faz a gente perder não só qualidade profissional, mas também pessoal. Prestar atenção exige um desgaste muito grande. Quando estou muito dispersa, acabo o programa exausta, como se tivesse corrido uma maratona”, contou a apresentadora ao vivo.
A decisão de iniciar o uso de cannabidiol veio após o tema ser abordado no próprio programa, com a participação de um profissional da saúde. A partir desse primeiro contato, Catia buscou orientação de seu neurologista, que recomendou o início do tratamento com cannabis medicinal.
“Eu estou usando e é muito importante que as pessoas compartilhem suas experiências. Me sinto mais calma, consigo dormir melhor e não tenho mais aquela enxurrada de pensamentos à noite. Antes, eu acordava cansada, como se tivesse dormido apenas uma hora”, afirmou.
A apresentadora ainda comentou sobre o preconceito que enfrentou inicialmente ao considerar o uso da substância. “Eu era bem bitoladinha em relação a esse tipo de medicamento. Mas depois que me informei, percebi o quanto essa resistência estava atrapalhando minha qualidade de vida. A gente precisa parar de ver a cannabis com os olhos do preconceito e começar a olhar com os olhos da ciência”, refletiu.
CBD: aliado no tratamento de condições neurológicas e psiquiátricas
O canabidiol, um dos principais compostos da cannabis, não possui efeitos psicoativos e vem sendo amplamente estudado por seus potenciais terapêuticos. No Brasil, o uso de medicamentos à base de cannabis é permitido mediante prescrição médica e autorização da Anvisa. Os tratamentos vêm ganhando espaço principalmente entre pacientes com doenças crônicas, dores neuropáticas, ansiedade, epilepsia, TDAH, insônia, entre outras condições.
Catia reforçou a importância de buscar orientação médica e se abrir para novas possibilidades terapêuticas. “A cannabis medicinal é mais uma ferramenta para trazer qualidade de vida. Não basta viver mais, a gente precisa viver melhor.”
Apesar dos avanços, o estigma em torno da cannabis ainda é uma barreira significativa no Brasil. Por isso, relatos como o de Catia Fonseca têm grande valor para ampliar o debate e combater o preconceito.
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