Beyoncé uma das artistas mais aclamadas do mundo, declarou usar produtos com CBD e cultivar maconha em sua fazenda. A cantora não é exatamente pioneira, uma vez que o uso de substâncias como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), presentes na cannabis sativa, a planta da maconha, já não é novidade na medicina, indústria têxtil, de estética, entre outros.
A advogada especializada em imigração Liz Dell’Ome faz uma analisa do cenário atual dos EUA. Ela chama atenção para a quantidade de famílias brasileiras que têm migrado para estados norte-americanos nos quais a plantação da erva para extração de seus ativos é legalizada. “Uma delas, os Mendes, construiu em sete anos um império que hoje fatura cerca de US$ 2 milhões.”
Liz explica que atualmente 37 estados, três territórios e o Distrito de Columbia permitem o uso médico de produtos de cannabis e 19 estados, dois territórios e o Distrito de Columbia promulgaram medidas para regular a cannabis para uso adulto não médico de forma recreativa. Nessas regiões é possível plantar e comercializar produtos derivados. Segundo um relatório da consultoria New Frontier Data, em 2021 o mercado formal movimentou mais de US$ 27 bilhões no país.
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E se você se considera careta demais pra trabalhar com cannabis nos EUA, Liz Dell’Ome ressalta que há outros setores se beneficiando deste mercado, e que sua experiência profissional pode ser muito bem aproveitada nessas regiões, veja as dicas de Liz Dell’Ome, advogada brasileira especializada em imigração de brasileiros para o país, fundadora do Dell’Ome Law Firm abaixo.
Imobiliário
Uma pesquisa realizada em 2018 pela Universidade do Mississipi revelou que o mercado imobiliário no Colorado, estado com vastas fazendas legais de maconha, cresceu cerca de 6% naquele ano. A motivação foi justamente o mercado de produtos relacionados à droga, que atraiu investidores desde comerciantes, até famílias como a dos goianos Mendes, que busca áreas rurais para investir nesse negócio. Para conseguir um visto como corretor imobiliário e atender a todo esse público, é preciso ser um residente permanente (ter um Green Card). Existem diversas possibilidades, como o processo via EB2-NIW, para conseguir residir e trabalhar legalmente nos EUA.
Investidor Rural
Se você tiver US$900 mil, valor mínimo exigido para essa categoria, pode se candidatar ao visto EB-5. O programa foi criado nos anos 1990 com o propósito de fomentar a economia de áreas consideradas menos desenvolvidas, denominadas de Targeted Employment Area (TEA). O programa EB-5 capta recursos de estrangeiros para aplicar na economia americana e em retorno, oferece ao investidor a possibilidade de receber a Residência Permanente (Green Card). O programa contempla o investidor, cônjuge e filhos menores de 21 anos. É com esse valor que você vai buscar sua área rural para plantar cannabis e empregar pelo menos dez americanos ou residentes legais por um período mínimo de dois anos, outra exigência do programa.
Estilista de Moda
Usar o cânhamo, outro “ingrediente” da Cannabis Sativa em peças de vestuário e calçados já era sucesso nos anos 90. A Adidas teve uma coleção de tênis que levava o nome Hemp, e que foi sonho de consumo de muito adolescente na época. Agora, impulsionada pela legalização da erva em muitos países do mundo, a indústria da moda pode se beneficiar. Se você tem talento para moda e acha que consegue propor coleções bacanas de roupas usando o cânhamo, pode tentar, por meio do EB1 ou EB2. Mas somente um advogado licenciado nos Estados Unidos, e qualificado para a prática na área de imigração, poderá avaliar a elegibilidade de um interessado com relação a um pleito imigratório.
Fonte: www.fato.jor.br
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