De olho em um mercado que deve chegar a US$ 105 bilhões até 2026, de acordo com estudo de 2021 da Prohibition Partners, os sócios Luis Quintanilha, ex-CMO da Gama Academy, e Mario Lenhart, ex-executivo financeiro de grandes empresas como PWC, Fiat e grupo Votorantim, criaram a Kanna, empresa pioneira em unir o mercado promissor do cânhamo com a tecnologia blockchain (banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa).
Por meio do cripto ativo KNN, a Kanna quer promover impacto ambiental e conscientização sobre a planta, que é a mais eficaz do planeta na retirada de CO2 da atmosfera e ajuda a revitalizar solos degradados. Com a característica de DAO (organização autônoma descentralizada), a Kanna permite que todos que comprarem o token, além de serem detentores de uma fração do solo, tenham o poder de votar em decisões de governança referentes à Kanna, como a escolha da região de atuação, por exemplo. A empresa ainda quer reinvestir 15% do lucro em benfeitorias para a comunidade onde será feito o plantio.
“Nosso objetivo enquanto a primeira DAO com o ESG no centro operação, aliando o impacto ambiental e socioeconômico do cânhamo, com a transparência e Governança da Blockchain (G), é ser também uma alternativa para pessoas que querem atuar para a mudança climática”, explica Quintanilha.
Tokenização do cânhamo
Uma pesquisa encomendada pelo Observatório do Clima e Greenpeace Brasil apontou que 95% dos brasileiros se preocupam com as mudanças do clima e estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Além da exploração do potencial comercial da cannabis, a Kanna une o mercado de criptomoedas, atualmente estimado em US? 1 trilhão, de acordo com dados do CoinMarketCap, e o de ESG, que movimenta cerca de US? 30 trilhões atualmente, segundo levantamento da Bloomberg Professional Services.
O Cânhamo é protagonista no processo de fitorremediação, por ser capaz de remover metais pesados do solo, com uso testado e bem-sucedido em regiões afetadas pela explosão de Chernobyl, local do maior desastre nuclear da história; e em remover CO2 da atmosfera, por absorver mais CO2 por hectare do que qualquer outra cultura conhecida, com suas fibras podendo ser usadas na produção de papel, descartando a necessidade de corte de árvores.
“Nossa expectativa é que até o fim de 2026 a Kanna tenha regenerado cerca de 150 Hectares de solo e removido milhares de toneladas de CO2 da atmosfera, atuando em regiões vulneráveis com solo degradado e baixo IDH, além de ter gerado centenas de emprego e investimentos para essa região”, completa Quintanilha.
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Web Summit Rio 2023
A Kanna irá participar em um dos maiores festivais de inovação e tecnologia do mundo, que pela primeira vez acontece no Brasil, o Web Summit Rio. Todos os anos, o evento atrai mais de 70 mil pessoas para Lisboa, cidade que abriga a conferência desde 2016. Este ano o evento acontece pela primeira vez no Brasil, entre os dias 1 e 4 de maio, no Riocentro, na Barra da Tijuca.
“A participação em um evento desse nível é muito importante para nós como empresa, mas também para toda a comunidade. Iremos debater e apresentar cada vez mais as particularidades e possibilidades que a Web3 nos traz, além de levar à tona os benefícios do cânhamo para a indústria tecnológica, meio ambiente, comunidades vulneráveis que desejamos atuar, entre outros”, comenta Luis.
Saiba mais
Fundada em 2022, a empresa utiliza a blockchain e o cânhamo como meio para financiar a sua operação em causas de impacto como a compensação de danos, trazendo um ativo digital que representa uma fração de solo revitalizado por uma planta, que é altamente eficaz também na remoção de CO2. O Token KNN carrega um lastro em solo revitalizado e CO2 removido, além de doações que vão ajudar as comunidades vulneráveis em torno da região de atuação da empresa.Mais informações em https://kannacoin.io/
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