O uso de cannabis para fins medicinais é o tema do Profissão Repórter desta terça-feira,2, e Caco Barcellos foi até o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, um dos mais importantes do país, para mostrar o Núcleo de Cannabis Medicinal, criado no ano passado, que trata pacientes com doenças de difícil controle – como epilepsia, autismo, dores crônicas e câncer. “O objetivo é construir uma visão crítica e científica sobre o uso medicinal da cannabis para algumas condições e patologias, no alívio de seus sintomas e melhora da qualidade de vida dos pacientes”, explica o coordenador do núcleo, o médico Vinícius Barbosa.
Uma das atendidas no local é a pequena Ana Vitória, de 4 anos. Diagnosticada com autismo severo, ela passou a ser medicada com óleo de cannabis há três meses. Os pais optaram pelo óleo importado dos Estados Unidos, que custa até R$ 5 mil, o frasco. No entanto, não são todas as famílias que podem arcar com esse alto preço e, por isso, muita gente hoje luta para conquistar na Justiça o direito de cultivar cannabis para fazer o óleo em casa.
O repórter Chico Bahia, o repórter cinematográfico Leandro Matozo e o técnico de som Márcio Veloso conheceram o Projeto Mulheres e Mães Jardineiras, que oferece cursos, suporte jurídico e médico a mulheres que querem seguir esse caminho. Já a repórter Julia Sena e o repórter cinematográfico Alex Gomes foram até Búzios, município do Rio de Janeiro, onde uma lei aprovada no final de 2021 garante o uso e a distribuição de cannabis medicinal na região. Ao todo mais de 400 crianças e adolescentes com autismo ou epilepsia, e que não respondiam aos tratamentos convencionais poderão fazer uso do medicamento.
– ENCONTRE UM ESPECIALISTA E INICIE AGORA MESMO SEU TRATAMENTO COM CANNABIS
O objetivo é que até o final de 2022 o óleo de Cannabis Medicinal seja disponibilizado na rede pública de saúde. Nykollas, de 3 anos, diagnosticado com autismo há um mês, começou a tomar o óleo há três semanas. A professora falou que depois que ele começou a tomar o remédio, ele aprendeu muita coisa, estava desenvolvendo coisas que ele não fazia”, comemora a mãe, Lidiane Oliveira.
A presidente da AbraRio de Niterói, Marilene Esperança também participou do programa com seu depoimento de vida. Ela contou sobre como a cannabis transformou a sua vida e do filho Lucas que sofre de uma síndrome rara chamada de Rasmussen.
O Profissão Repórter vai ao ar nesta terça-feira (2), depois da série “Filhas de Eva” na Rede Globo e o episódio completo estará salvo no site www.g1.globo.com/profissao-reporter
LEIA TAMBÉM:
- Suíça legaliza a cannabis para fins médicos
- TerraCannabis facilita o tratamento com cannabis no país
- Indonésia estuda custos e benefícios da legalização da cannabis medicinal
- Curso para prescritores na veterinária está com inscrições abertas